quarta-feira, 12 de outubro de 2011



Artistas e bandas antecipam em sites canções que estarão em seus discos


Estratégia, que também revela bastidores das gravações, ajuda a promover trabalho e a estreitar relação com fãs

Marisa Monte já lançou faixas do próximo disco em seu endereço eletrônico, onde mantém contato com o público 

Ainda não há data certa para o lançamento do oitavo disco da cantora e compositora Marisa Monte, mas os fãs dela já podem sentir um gostinho do que vem por aí. Isto porque no site oficial da artista (www.marisamonte.com.br) é possível acompanhar todas as etapas da gravação do álbum. Além de vídeos e teasers, Marisa lançou Ainda bem, uma das faixas que vão estar presentes no CD inédito. O caminho foi indicado pelo sempre antenado Gilberto Gil já em 2007, e foi ganhando nova configuração e ferramentas com o desenvolvimento das redes sociais. A estratégia também é a mesma seguida por Chico Buarque quando do lançamento do recente Chico. Além de mobilizar admiradores dos artistas, o modelo afeta os responsáveis pela criação dos sites, que precisam se reinventar a cada novo trabalho. Na era pós-CD, tudo que era sólido se espalhou pelas nuvens.
“Já faz uns quatro anos que alguns artistas mais antenados conseguiram perceber que podem depender menos das mídias tradicionais e potencializar seus projetos cuidando diretamente de suas relações com os fãs. Não se trata apenas de antecipar o trabalho, e sim de criar uma base de audiência própria e superfiel, que esteja disposta a comprar álbuns, ingressos para shows e produtos especiais, por exemplo, de forma direta, sem tantos intermediários”, comenta o jornalista especializado em tecnologia e música Christian Rôças, que é diretor geral da Grudaemmim, agência responsável pelo conteúdo digital de vários músicos e bandas.
Segundo Christian, alguns artistas estão cansados dos formatos ‘old fashion’ dos lançamentos, outros já viram que a venda de álbum não traz resultado financeiro como os shows e, por isso, querem investir no relacionamento direto com o fã. “Há também o fato de os investimentos em mídia de TV, jornais e outros formatos tradicionais serem caros, e como as gravadoras passam por momento de menores investimentos, a internet é, sem dúvida, bem mais em conta do que as demais mídias. Você consegue resultados mais focados e efetivos com menos investimento. Até atinge menos gente, mas são pessoas realmente interessadas naquele artista, o que as transforma em potenciais compradores”, acredita.
Além de acompanhar os bastidores das gravações, ouvir as músicas, conhecer as letras, baixar aplicativos, clipes e fotos, os admiradores de Marisa Monte podem fazer perguntas e até mesmo trocar ideias com a cantora. “O site é uma obra em construção. Vai ganhando conteúdo conforme ele for sendo lançado. Atualmente, tem vídeos especiais que vão dando teasers de como será o novo trabalho. Há ainda canais de diálogo direto do fã com a Marisa. Ela responde pessoalmente às perguntas no link Procure saber e está viciada no Facebook”, revela Christian Rôças.

Bastidores 

Marisa Monte seguiu o exemplo bem-sucedido de Chico Buarque, utilizando profissionalmente a internet para começar a criar expectativa para o lançamento de seu próximo disco. Em junho, Chico colocou no ar o site www.chicobastidores.com.br. Os admiradores do cantor e compositor carioca tiveram acesso ao conteúdo exclusivo relacionado às gravações do disco Chico e puderam ver vídeos e fotos inéditas contando um pouco da história do novo álbum e dos bastidores da produção.


Site de Chico Buarque registrou recordes na fase de pré-lançamento do novo disco do cantor e compositor 

Segundo Bruno Natal, responsável pela concepção, conteúdo e estratégia on-line do site, a intenção era criar um interesse maior pelo disco e, apresentando todos os passos da produção do álbum, poderia gerar um novo entendimento por parte dos fãs. “Por meio de todas aquelas discussões que foram produzidas, os vídeos mostrando os bastidores, a pessoa passa a enxergar o CD de uma outra maneira. Quando Chico fosse lançado, os fãs teriam criado uma relação estreita com o trabalho, podendo aproveitar o disco com um entendimento maior do processo”, declara.
O retorno e a repercussão do projeto foram estrondosos, assim como tudo que envolve Chico Buarque. De acordo com a assessoria do artista, em um mês de pré-lançamento (de 20 de junho a 20 de julho) foram vendidos 8 mil CDs por meio do site Chicobastidores, que contabilizou 291 mil page views nesse período. A apresentação que Chico fez com João Bosco via web no dia 20 de julho entrou no trend topics do Twitter Brasil e também no trend topics geral, que agrega os dados do mundo todo.
Somente essa apresentação teve 15 mil visualizações simultâneas (pessoas assistindo ao mesmo tempo) e 147 mil acessos ao longo da transmissão. “Fizemos um trabalho inédito. A internet atualmente é utilizada de uma maneira bem diferente da de quatro anos atrás, por exemplo, quando cheguei a participar do outro disco do Chico. Tínhamos apenas uma rede social praticamente, que era o Orkut, e hoje temos várias e que são muito utilizadas. Aproveitamos isso no projeto e foi bem interessante”, avalia Bruno Natal.

Canal direto 

Marisa Monte e Chico Buarque não são os únicos artistas a descobrirem as vantagens da internet. O diretor geral da Grudaemmim, Christian Rôças, conta que o primeiro trabalho nesse sentido foi com Gilberto Gil, na turnê Banda larga cordel, em 2007. Segundo Christian, o cantor e compositor baiano sentia que aquele era o momento de discutir questões como direito autoral, web 2.0, cultura digital e redes de compartilhamento e, por isso, a agência estruturou toda a vida digital de Gil e o aproximou ainda mais dos seus admiradores.
“É muito interessante ver que vários artistas que experimentam um canal direto e verdadeiro com seus fãs conseguem conhecê-los melhor. O resultado fica mais verdadeiro. Ele passa a escutar de forma clara e direta o que seu público está sentindo sobre o trabalho”, avalia . Para Christian, por meio da tecnologia e da interatividade, o artista fica sabendo mais sobre o perfil de quem o admira e onde há mais acesso, informações que permitem cruzar dados e montar a base dos fãs que irão comprar seus produtos mais rápido. “Só há ganho nessa relação. Não há por que não seguir por esse caminho do diálogo franco e direto”, destaca

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

O Show

        Depois do grande sucesso de público e crítica, no sul do país onde foi visto por 30.000 pessoas, Marisa Monte prossegue com o show "Memórias, Crônicas e Declarações de Amor", que percorrerá diversas cidades brasileiras e ainda excursionará pela América do Norte, do Sul e Europa.
        O novo espetáculo mostrará músicas do mais recente trabalho da cantora, "Amor I Love You", "Para ver as Meninas", "O Que Me Importa" e "Gentileza" entre outras, além de canções de seus discos anteriores e algumas canções inéditas no repertório da artista, preparadas especialmente para esse show.


        Marisa divide o palco com uma banda formada por nove músicos convidados: Davi Moraes (guitarra e violão ), Marcelo Costa (bateria), Peu Meurrahy (percussão e voz), Marya Bravo (baking vocal), Dadi Carvalho (baixo), Mauro Diniz (cavaquinho, violão e vocais), Orlando Costa (percussão), Leonardo Reis (percussão) e Carlos Trilha (teclados e programações).
        O show tem como cenário a escultura (nave show esfinge carangueijo) do artista plástico Ernesto Neto, figurinos de Rita Murtinho e iluminação dos ingleses Patrick Woodroffe (design) e Danny Nolan (direção). Nesta nova produção, Marisa contou com a colaboração de Claudio Torres e Leonardo Netto que assinaram, ao lado da cantora, a direção e o roteiro do espetáculo.
        Durante a turnê, estarão disponibilizadas informações e notícias atualizadas, diretamente da estrada para o público, no site www.marisamonte.com.br, onde também podem ser encontrados a discografia, loja com diversos produtos, datas de show, fotos, clipes, uma rádio com músicas baseadas na discoteca de Marisa Monte e muito mais.

BANDA MARISA MONTE


  Carlos Trilha (teclados e programações)
Produtor e arranjador, Trilha foi responsável pela produção e arranjos dos três trabalhos solo de Renato Russo, os discos "The Stonewall Project", "Equilíbrio Distante" e "Último Solo". Durante sete anos acompanhou a Legião Urbana em suas turnês. Participou dos discos de Carlinhos Brown, Cidade Negra e Leo Jaime.
   Dadi Carvalho (baixo)
Velho companheiro de estrada de Marisa Monte, com quem viajou nas turnês dos discos "Cor de Rosa e Carvão" e "Barulhinho Bom", Dadi participou, também, nos últimos anos, das turnês "Na calada da noite" do Barão Vermelho e "Circuladô" de Caetano Veloso e colabora durante cinco anos com Jorge Benjor. Seu trabalho em estúdio é marcado pela parceria de vários anos com os Novos Bahianos, com quem gravou cinco discos e A Cor do Som, com quem gravou nove trabalhos. Participou dos discos "Barulhinho Bom" e "Memórias, Crônicas e Declarações de Amor" de Marisa Monte
 Davi Moraes (guitarras e violão)
Davi cresceu no meio da efervescência musical e criativa da casa de Moraes Moreira e começou desde cedo a se interessar pela música, através da guitarra e suas infinitas sonoridades. Fez do instrumento sua sala de aula, pesquisou sons e efeitos e acabou definindo um estilo todo próprio. Gravou com Caetano Veloso, Carlinhos Brown, Arnaldo Antunes, Adriana Calcanhoto e Arto Lindsay, com quem recentemente excursionou pelo Japão e EUA. Participou dos discos "Barulhinho Bom" e "Memórias, Crônicas e Declarações de Amor" de Marisa Monte, com quem trabalha desde a turnê do "Cor de Rosa e Carvão". Recentemente, produziu o disco "Cinquenta Carnavais" de Moraes Moreira e está preparando seu primeiro disco.
  Leonardo Reis (percussão)
Começou na percussão aos dez anos de idade influenciado pelo irmão Orlando Costa. Leonardo não podia imaginar que chegaria tão longe em tão pouco tempo. Orgulha-se de ter participado dos discos de Gil (Quanta) e Caetano (Livro), ganhadores do Grammy e do disco do portugues Pedro Abrunhosa. Gravou ainda com Ivete Sangalo (Banda Eva), Carlinhos Brown e Ney Matogrosso, entre outros. No carnaval da Bahia, já subiu no trio elétrico para levantar a massa ao lado de Gilberto Gil, Caetano, Moraes Moreira, Djavan, Gal Costa, Milton Nascimento.
  Marcelo Costa (bateria)
Participou, nos últimos anos, de discos e turnês de grandes nomes da música brasileira, já tendo tocado em onze discos de Caetano Veloso, nove discos de Lulu Santos, cinco discos de Adriana Calcanhoto e participado também do último lançamento de Maria Bethania. Em 1996, viajou por 16 cidades do Japão, acompanhando o músico Ryuichi Sakamoto. Atualmente cai na estrada com a turnê de "Memórias, Crônicas e Declarações de Amor", enquanto produz o próximo disco do grupo Boca Livre.
  Marya Bravo (backing vocal)
Cantora e atriz, Marya começou sua carreira aos quatro anos, incentivada pelos pais Zé Rodrix e Lizzie Bravo, que conseguiram seu primeiro trabalho como cantora: o famoso jingle da Cremogema. Aos 16 anos, seguiu para Nova York, onde estudou teatro musical, o que acabou lhe rendendo um papel no musical "Hair", que viajou pelos EUA e Europa. De volta ao Brasil, participou dos musicais "Band-aid" , "Relax it's Sex" e "Somos Irmãs". No cinema dublou os filmes "Hercules" e "Tarzan" dos estúdios Disney. Pela primeira vez atuando apenas como cantora, Marya pretende, a partir de agora, investir em sua carreira musical.
[untitled.bmp]  Mauro Diniz (cavaquinho, violão e vocais)
 Mauro Diniz é, sem dúvida alguma, uma das maiores autoridades do cavaquinho que este país já produziu. Filho de Monarco da Portela, nasceu no berço esplendido da tradição portelense e começou a tocar o instrumento aos cinco anos de idade. Fez do cavaquinho uma arte e participou como arranjador e instrumentista de inúmeros discos e turnês de Paulinho da Viola, Beth Carvalho, Alcione, Djavan, Jorge Benjor, Ivan Lins, Zeca Pagodinho, Martinho da Vila, Só pra Contrariar, Soweto e Exalta Samba. Segundo o músico, o trabalho com a Marisa na gravação do disco foi tão emocionante que ficou difícil recusar o convite da cantora para participar da turnê. "Marisa me perguntou se eu não tinha um aluno pra indicar, achando que eu não poderia aceitar o convite. Não pensei duas vezes e disse: leva logo o professor" diverte-se.
  Orlando Costa (percussão)
Grande incentivador do movimento percussivo que vem crescendo no Brasil e no mundo, Orlando Costa se orgulha de ser mais um bahiano que faz da percussão sua "religião". Recentemente participou da turnê do "Livro" e do disco "Prenda minha" de Caetano Veloso, "Pierrot do Brasil" de Marina Lima e "Olhos de Farol" de Ney Matogrosso. Excursionou com Leo Gandelman, Alcione, Ney Matogrosso, Margareth Menezes, Fagner e Carlinhos Brown. Com Marisa Monte viajou na turnê internacional do disco "Barulhinho Bom" e mais uma vez divide o mesmo palco com o irmão mais novo e também percussionista Leonardo Reis. Já se apresentou com Gonzalo Rubalcaba, Ivan Lins e João Bosco.
Peu Meurray tocará também no Rio e SP  Peu Meurrahy (percussão e vocais)
Bahiano de Amargosa, Peu toca desde os 14 anos de idade, quando começou a se apresentar em bandas de bailes. Nos últimos 10 anos, vem se apresentando ao lado de Pepeu Gomes, Margarete Menezes, Daniela Mercury, Carlinhos Brown e Marisa Monte, com quem viajou pelos EUA e Europa na turnê do disco "Barulhinho Bom". Apresentou-se no Percpan e no festival de San Remo e se considera realizado por estar participando do novo disco e turnê de Marisa Monte. Atualmente se dedica ao design de instrumentos percussivos, fabricados com pneus de tratores e aviões.

sábado, 1 de outubro de 2011


ANDERSON SILVA DANÇA COM MARISA MONTE NO CLIPE DE “AINDA BEM”


A cantora está em estúdio gravando um novo álbum, que vai ser lançado ainda esse ano.
Anderson Silva, o campeão de artes marciais mistas que adora imitar Michael Jackson, estreia nos videoclipes ao lado de um dos maiores nomes da música brasileira: Marisa Monte. “A proposta era um clipe da música dela, a gente fazendo uma dança à vontade. Fiquei muito nervoso, pisei muito no pé dela, quase derrubei ela umas duas vezes”, comenta Anderson.
Marisa Monte está em estúdio gravando um novo álbum, que vai ser lançado ainda esse ano. “A Marisa é fantástica. Quando a gente viu, a gente já tinha terminado e ficou super bacana”, diz o lutador.
Confira no vídeo, em primeiríssima mão, o clipe inédito de “Ainda Bem”.



Ontem a cantora Marisa Monte lançou pelo seu site oficial o novo single “Ainda Bem“. A música fará parte do seu novo disco, ainda sem data confirmada para lançamento, mas previsto para o fim do ano. A música foi publicada através de um vídeo do YouTube. O vídeo, em apenas um dia, já teve mais de 15 menções e mais de 85 mil visualizações.
No formspringMarisa contou um pouco mais sobre a canção:

Foto: Marcelo Carnaval
Foto: Marcelo Carnaval
” ‘Ainda bem’ foi uma das primeiras composições dessa nova leva.
Eu fiz a melodia e durante muitos dias fiquei cantando com o violão sozinha em casa, sem letra mas com algumas palavras que já nasceram junto com a música: “ainda bem que agora encontrei você…”.
Alguns dias depois o Arnaldo veio aqui em casa, nos sentamos na varanda, eu mostrei pra ele e a letra fluiu. Começamos a gravação, eu e Dadi aqui em casa. Violões, tom e andamento.
Depois disso gravei a base em São Paulo, com o power trio do Nação Zumbi (Pupilo, Dengue e Lucio Maia). Eles deram à música um sabor meio faroeste italiano.
Poucos meses depois fui a LA gravar no estúdio do meu amigo Gustavo Santaolalla. Pedi que ele tocasse violão e ronroco, suas especialidades e seu parceiro Anibal Kerpel acrescentou uns teclados.
Pra completar, de volta ao Rio, gravamos o trompete meio mariachi com o Maico Lopes.”
E sobre o novo disco, descobrimos que o arranjador americano Miguel Atwood-Ferguson também participou da produção, arranjando algumas faixas.
“Não conhecia o trabalho dela, mas fui ouvir e me apaixonei. Eu me sinto inspirado pelo fato de ela ser tão legal. Gostei muito mesmo. E me dei conta de quão especial ela é para o Brasil e para o mundo. Ela é um exemplo de artista muito honesto”, disse Miguel.
De formação erudita, Miguel, que tem a viola (pouco maior que um violino) como principal instrumento, fez o arranjo (com cordas, sopro e percussão) para cinco músicas: Everyday(cantada em inglês), Depois, AhVerdade, Uma Ilusão e Descalços.

segunda-feira, 29 de agosto de 2011




Marisa Monte


Marisa de Azevedo Monte (Rio de Janeiro, 1 de julho de 1967) é uma cantora, compositora, instrumentista e produtora musical brasileira de música MPB/Pop. Marisa já vendeu mais de 10 milhões de álbuns e ganhou inúmeros prêmios nacionais e internacionais, incluindo três Grammy Latino, sete Video Music Brasil, nove Prêmio Multishow de Música Brasileira, cinco APCA e seis Prêmio TIM de Música. Marisa é considerada pela revista Rolling Stone Brasil como a maior cantora do Brasil. Ela também tem dois álbuns (MM e Verde, Anil, Amarelo, Cor-de-Rosa e Carvão) na lista dos 100 de maiores discos da música brasileira.


Estudou canto, piano e bateria na infância. Na adolescência participou do musical Rock Horror Show, dirigido por Miguel Falabella, com alunos do Colégio Andrews, mas nunca abandonou o estudo de canto lírico, iniciado aos catorze anos.

Aos dezenove, mudou-se para Roma, na Itália, onde durante dez meses estudou belcanto, do qual desistiu em seguida, passando a fazer apresentações em bares e casas noturnas cantando música brasileira, acompanhada de amigos. Um desses espetáculos foi assistido pelo produtor musical Nelson Motta, que se tornou diretor do primeiro show no Rio de Janeiro, em 1987. O show Veludo Azulteve temporadas no Rio e em São Paulo e despertou o interesse das gravadoras.

Marisa Monte já fazia muito sucesso de público e crítica antes de ter o primeiro disco. Na época, Marisa foi convidada pela TV Manchete a gravar seu primeiro especial; este especial foi lançando em dois formatos: LP e VHS MM.

A este disco com repertório eclético, pertence o primeiro grande sucesso, Bem que Se Quis (versão de Nelson Motta para a E Po'Che Fa, do compositor italiano Pino Daniele), que foi executado exaustivamente nas emissoras radiofônicas brasileiras e fez parte da trilha sonora da novela da Rede Globo O Salvador da Pátria, de Lauro César Muniz (1989).

Este álbum vendeu 500 mil cópias, sendo um sucesso para uma artista estreante no Brasil. Este disco está na na lista dos 100 Melhores Discos da História da Música Brasileira na posição #62.

Em 1991, Monte lançou o segundo álbum, intitulado Mais, através da EMI. As críticas pósitivas, afirmando que a cantora tinha amadurecido do álbum anterior, introduziu-a no mercado internacional, sendo seu primeiro disco autoral.

Este disco vendeu ainda mais que o anterior e produziu o hit, "Beija Eu", classificada como uma das Melhores Músicas de Pop Brasileiras, em pesquisa realizada pelo jornalista Zeca Camargo através do Portal G1 figurando a vigésima sexta posição.

Em 1994, lançou o terceiro álbum, Verde, Anil, Amarelo, Cor-de-Rosa e Carvão. Produzido por Arto Lindsay, mesmo produtor do anterior, foi muito bem recebido por crítica e público, sendo considerado pelo site All Music Guide o melhor da carreira da cantora.

Entre as canções lançadas está o single "Segue o Seco", que ganhou cinco MTV Video Music Brasil 1995, nas categorias Melhor videoclipe do ano, Melhor videoclipe de MPB, Melhor direção de videoclipe, Melhor fotografia de videoclipe e Melhor edição de videoclipe. As vendas de Verde, Anil, Amarelo, Cor-de-Rosa e Carvão chegaram a marca de 1,050 milhão de cópias vendidas. Este disco está na na lista dos 100 Melhores Discos da História da Música Brasileira na posição #87.


Em 1996, Marisa lança seu primeiro álbum duplo Barulhinho Bom, que trazia regravações dos antigos sucessos entre outras canções inéditas e consagradas, resultado do show originado do álbum de estúdio anterior. Barulhinho Bom também provocou grande polêmica pela capa, um desenho do artista pornô-naif Carlos Zéfiro, censurada nos EUA. Este CD marcou uma aproximação maior com o mundo do samba carioca, com as diversas escolas e gerações. Nesse ano, ela abre sua editora a Monte Songs Edições Musicais Ltda..

Em 1998, conquista sua independência musical quando compra todas as fitas matrizes de sua músicas desde seu álbum estreia até Barulhinho Bom, e abre seu próprio selo, a Phonomotor Records, com distribuição da gravadora EMI.

Apresenta-se, também, ao lado da Velha Guarda da Portela, tendo produzido e participado do CD Tudo Azul. Como produtora, atuou também em Omelete Man (1998), disco de Carlinhos Brown e colaborou com a cantora cabo-verdeana Cesária Évora em seu disco Café Atlântico, produzindo a faixa É Doce Morrer no Mar ao qual também participa fazendo um belo dueto.

Em 2000 Marisa lança o CD Memórias, Crônicas e Declarações de Amor, centrado no tema do amor e muito aclamado pela crítica, ganhando Disco de Diamante pela venda superior a 1 milhão de cópias no país. Este álbum foi puxado pelo hit "Amor I Love You", sendo a música mais tocada de 2000, que ganhou um MTV Video Music Brasil 2000, na categoria Melhor videoclipe de MPB. Teve cinco indicações: Melhor Website de Artista, Videoclipe do Ano, Melhor Fotografia em Videoclipe, Melhor Direção de Arte em Videoclipe e Melhor Direção em Videoclipe.



No mesmo ano, Marisa inicia sua quarta tour mundial Memórias, Crônicas e Declarações de Amor Tour; a turnê teve 150 shows, durando mais de um ano.

Em 2001, Marisa lança o DVD, gravado no Rio de Janeiro no formato de película, tendo o orçamento de 1,5 milhão de reais. Para divulgar o DVD, a sua gravadora lança um EP com duas faixas, incluindo "A Sua", sendo umas das mais tocadas de 2001, que ajudou o DVD ser torna um sucesso de vendas, sendo certificado de diamante pelas 100 mil cópias vendidas.


O álbum ganhou vários prêmios, recebendo suas primeiras indiçaões ao Grammy Latino, o prêmio mais importante do meio musical, sendo em duas categorias: Melhor Álbum de Pop Contemporâneo Brasileiro por Memórias, Crônicas e Declarações de Amor - que ganhou o prêmio, e uma indicanção na Melhor Canção Brasileira para "Amor I Love You", com o clipe "O Que me Importa", ganhou um MTV Video Music Brasil 2001, nas categoria Melhor videoclipe de MPB. Ainda ganha dois Prêmio Multishow de Música Brasileira.

Em Novembro de 2002 a cantora lançou seu sexto álbum, em parceira com Arnaldo Antunes e Carlinhos Brown, e assumiram o nome de Tribalistas. O álbum foi gravado entre 8 e 24 de abril daquele ano, na casa da Marisa no Rio de Janeiro. As vendas foram de 1,5 milhão de cópias no Brasil e mais de 1 milhão mundialmente, sendo o DVD também um grande sucesso de vendas.

Nele, eles registraram a gravação do disco. Todas as canções lançadas atigiram o sucesso rapidamente: "Já Sei Namorar" - sendo o hit de 2002, "Velha Infância" - sendo o hit de 2003, e "É Você".

O curioso é que o trio nunca se apresentou junto, com três raras exceções Grammy Latino, e no DVD Ao Vivo no Estúdio, e a terceira aberta ao público no Sarau do Brown. Eles só concederam uma entrevista, no site oficial do grupo.

Em 2003, recebem 4 indiçaões ao Grammy Latino, sendo nas categorias Melhor Álbum de Pop Contemporâneo Brasileiro por Tribalistas - que ganhou o prêmio, e três indicanção na Gravação do Ano e Melhor Canção Brasileira para "Já Sei Namorar", e Álbum do Ano.


Após três anos e meio do lançamento dos Tribalistas e seis anos após seu último disco solo, Marisa voltou no primeiro semestre de 2006, quando lançou simultaneamente dois discos Infinito Particular e Universo Ao Meu Redor, dedicados a canções inéditas do Pop e do Samba, respectivamente. Cada disco vendeu 300 mil cópias e fizeram Marisa ultrapassar a marca de 9 milhões de discos vendidos no Brasil, de acordo com seu site oficial, o que a fez entrar para lista de recordistas de vendas no Brasil.

No mesmo ano, recebeu 3 indicações ao Grammy Latino, sendo nas categorias Melhor Álbum de Samba/Pagode por Universo ao Meu Redor - que ganhou o prêmio, e duas outras indicações em Melhor Álbum de Pop Contemporâneo Brasileiro para "Infinito Particular" e Melhor Canção Brasileira para "O Bonde do Dom".



Ainda no mesmo ano cria sua quinta turnê mundial Universo Particular, que durou quase dois anos, e gerou o documentárioInfinito ao Meu Redor, DVD que registra os dois anos de trabalho de Marisa, desde o lançamento dos discos até o término da turnê, mostrando os bastidores com viagens, ensaios, relação dos fãs com seu trabalho e alguns registros do show, que também foram registrados em CD, contido como bônus no mesmo estojo do DVD, lançando o hit "Não é Proibido".



O ano de 2008 também marcou a estréia de Marisa como produtora de cinema. É que neste ano é lançado o filme "O Mistério do Samba", que retrata a história e o cotidiano dos integrantes da Velha Guarda da Portela e o trabalho de pesquisa de Marisa no resgate de composições quase esquecidas e que existiam apenas na tradição oral, já que os antigos bambas não tinham o costume de registrá-las. Esse filme fez parte da seleção oficial do Festival Internacional de Cannes. "O Mistério do Samba", lançado nas salas de cinema em 2008, foi lançado também em DVD em 2009.

Em 2009 recebeu um indicação ao Grammy Latino, na categoria Melhor Canção Brasileira para "Não é Proibido".

Entre as gravações mais representativas da carreira de Marisa Monte, seu maiores sucessos são: "Bem Que Se Quis", "Beija Eu", "Segue O Seco", "Amor I Love You", "A Sua", "Já Sei Namorar", "Velha Infância", "Não é Proibido". Muitas de suas músicas foram inclusas em trilhas sonoras de novelas, sendo no total 23 músicas.